Trinta e nove candidatos, dos quais três são mulheres, foram graduados como fiscais das áreas de conservação, durante uma parada realizada recentemente no Parque Nacional do Limpopo, depois de oito semanas do curso intensivo de formação de fiscais do sector, ministrado pela Southern African Wildlife College.
Durante as primeiras duas semanas do curso, mais de 100 candidatos, na sua maioria seleccionados nas comunidades circunvizinhas das diferentes áreas de conservação participaram num treinamento intensivo, para avaliar as suas capacidades psíquicas e de resistência física. Destes candidatos, apenas quarenta é que demonstraram possuir habilidades suficientes para prosseguirem com a formação.
O curso teve uma componente teórica e outra prática, que trataram de assuntos relativos às operações de combate à caça furtiva, tais como patrulhas, bloqueios, controlo de portões e procedimentos de detenções. Na ocasião, os fiscais seniores do Parque Nacional do Limpopo, bem como várias instituições locais, deram sua contribuição na formação dos graduados, sobretudo no que tange à legislação do sector.
Dos trinta e nove fiscais da elite que concluíram o curso, vinte e nove serão afectos ao Parque Nacional do Limpopo, que continua a receber pressão de caçadores furtivos de espécies-chave como elefantes e leões. O parque tem registado também o aumento de casos de envenenamento e armadilhas, métodos utilizados para dizimar várias espécies, que incluem grande número de abutres e pequenos carnívoros importantes para o equilíbrio dos ecossistemas.
Os novos integrantes da classe irão reforçar a capacidade de fiscalização na chamada Zona de Protecção Intensiva, que faz fronteira com o Parque Nacional do Kruger, uma medida cujo objectivo é proteger as áreas com maior densidade de caça furtiva e potencial para o desenvolvimento de turismo. Os fiscais irão operar a partir de uma nova base móvel de operações de campo, apoiados por um helicóptero, que aumentará muito a sua mobilidade.
Ainda no Parque Nacional do Limpopo, outros cinco fiscais foram designados para oferecer apoio ao Programa de Protecção aos Carnívoros. As suas actividades específicas incluem o patrulhamento e a monitoria de carnívoros em zonas conhecidas como áreas de carnívoros. A medida visa obter uma melhor compreensão do movimento e hábitos dos animais, reduzir o potencial de conflitos homem – fauna bravia e eliminar ameaças de caça furtiva.
Os restantes cinco fiscais irão fortalecer as medidas de fiscalização e do combate à caça furtiva e ao corte ilegal de madeira no Parque Nacional de Banhine.
Este lote de graduados resulta de um projecto iniciado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação em parceria com a Peace Parks Foundation, com o objectivo de melhorar a capacidade de fiscalização das áreas de conservação transfronteiriças do Grande Limpopo e Lubombo.
No ano passado, o projecto formou e empregou vinte e seis fiscais no Parque Nacional de Zinave e cinco no Parque Nacional de Banhine e prevê num futuro próximo aumentar mais trinta fiscais à equipa da Reserva Especial de Maputo.
28/05/2018