DIRECTOR DO GABINETE DA SECRETARIA DE ESTADO DE TETE INSTA PRAZO MíNIMO PARA CRIAÇÃO DE ZIMOZA

TETE, 12 DE ABRIL DE 2024 – Os três países nomeadamente, Zimbabwe, Moçambique e Zambia acordaram que num prazo mínimo de 45 dias seja submetido as propostas ao nível ministerial de cada pais para apreciação ministerial e definição de passos subsequentes com vista a sua assinatura.

 

Em representação do Secretário de Estado, o Director do Gabinete da Secretaria de Estado em Tete, Ivo Cassicai, instou na última sexta-feira, 12 de Abril de 2024, os três grupos técnicos de Zimbabwe, Moçambique, Zâmbia para a observação dos prazos estabelecidos, sob pena de atrasar o avanço do acordo entre os três países.

 

“Queria encorajar para adoptarmos um prazo mínimo de forma que tenhamos o instrumento concluído. Esperamos que os encontros definiram as ações necessárias para que a proposta do acordo transfonteiriça do ZIMOZA cujo a sua implementação vai salvaguardar a sustentabilidade dos recursos para o bem da geração do presente e futuro seja transformado num plano de acção. das comunidades …queremos reconhecer o papel das áreas de conservação na manutenção dos ecossistemas, bem como, na geração de rendimento e desenvolvimento local das comunidades envolvidas.” – disse o Director do Gabinete da Secretaria de Estado em Tete, Ivo Cassicai.

 

O Director do Gabinete da Secretaria de Estado em Tete, Ivo Cassicai, aproveito a ocasião para saudar os jornalistas pela passagem dos 46 anos do jornalismo moçambicano.

 

“Aproveitar para saudar e parabenizar os jornalistas pelos 46 anos de jornalismo ao nível do nosso país” – disse o Director do Gabinete da Secretaria de Estado em Tete, Ivo Cassicai.

Entretanto, o Administrador do Distrito de Magoé, Tito Sitoe, disse que tendo terminado tecnicamente a proposta de acordo que ainda vai merecer uma análise de alto nível para depois ser assinado, o encontro técnico foi muito produtivo.

 

“Com este acordo, é uma plataforma de intercâmbio e no fim queremos que se preserva o mais ambiente, que se respeite a biodiversidade, que cada país tenha esse compromisso de cuidar da biodiversidade que acaba sendo de todos nós, os animais que são de Magoé as vezes passam para Zimbabwe, e vice-versa, devemos estar regidos sobre mesmo regime de controle e desenvolvimento”. – disse o Administrador do Distrito de Magoé, Tito Sitoe.

 

O Administrador do Distrito do Zumbo, Lucas Muidingue disse que foi aprovado em Agosto do ano passado pelo Governo, a Área de Conservação Comunitária do Zumbo, que também faz parte do ZIMOZA.

 

“Teremos mais razões e objectivos concretos para podermos preservar a área e os nossos recursos é muito importante ao nível do nosso pais. Com os países vizinhos tal como Zimbabwe e Zâmbia, com este acordo, teremos maior cooperação, mais inteiração, de modo a discutirmos juntos os problemas e como podemos ultrapassar. Nós temos ao nível do nosso distrito dois Comités de Gestão de Recursos Naturais, que também tiveram oportunidades de participar neste encontro estão a fazer um trabalho de sensibilização das comunidades de modo que os nossos recursos sejam mais preservados e conservados.

 

Continuamos com o desafio de queimadas descontroladas, a caça furtiva, com a ZIMOZA esperamos minimizar estes desafios e tornar a área prospera e melhorar a vida das nossas populações.

 

Para Chefe de Departamento de Cooperação e Estudo na Administração Nacional das Áreas Conservação (ANAC), Cornélio Miguel, a proposta do acordo visa responder um dos objectivos da Comunidade da Africa Austral (SADC) no contexto das Áreas Transfonteiriça que são muito importantes no contexto da crise ambiental global e nós precisamos de promover as abordagens de paisagens porque são muito importantes para manutenção da biodiversidade e o bem-estar das comunidades locais.

 

O Director Geral da Autoridade de Gestão de Parques e Vida Selvagem do Zimbabwe, Fulton Mangwanya disse que é importante a conclusão do acordo sobre ZIMOZA que esteve pendente por algum tempo, é um acordo que ira beneficiar os três países, Zimbabwe, Moçambique e Zâmbia.

 

“O ZIMOZA vai reforçar a fiscalização e proteção dos três países e as comunidades vão se beneficiar muito com a implementação deste acordo no âmbito da preservação desta mesma biodiversidade. Esperamos receber apoios de doadores e parceiros internacionais que irão assistir na implementação de ZIMOZA, tornando se assim operacional, como tem sido nas outras áreas de conservação transfonteiriça. Trabalhamos aqui muito bem, e saiamos daqui no último estágio e na esperança de vermos os nossos Ministros a assinar o acordo.” – disse o Director Geral da Autoridade de Gestão de Parques e Vida Selvagem do Zimbabwe, Fulton Mangwanya.

 

A Área de Conservação Transfonteiriça do ZIMOZA enquadra-se na paisagem do Zambezi e envolve as Repúblicas de Moçambique, do Zimbabwe e da Zâmbia. A discussão entre os 3 Estados Membros começou em Agosto de 1999 com a reunião de Harare, tendo a última discussão técnica sido realizada em Harare, Zimbabwe, nos dias 12 e 13 de Abril de 2023.

 

Participaram no evento, as delegações de Zimbabwe, Moçambique e Zâmbia. A delegação de Moçambique contou com a presença de quadros do Ministério da Terra e Ambiente através da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Procuradoria Geral da República, Ministério da Justiça Assuntos Constitucionais e Religiosos, Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, Ministério de Negócios Estrangeiros e Cooperação, Ministério da Administração Estatal e Função Pública, Polícia de Protecção dos Recursos Naturais e Meio Ambiente, Parceiros de Cooperação, Comunidades locais, Directores Provinciais de Desenvolvimento Territorial e Ambiente e dos Serviços Provinciais do Ambiente, Administradores dos Distritos de Cahora Bassa, Mágoè, Zumbo, do Parque Nacional de Magoé, Comités de Gestão dos Recursos Naturais, Comunidades e técnicos.(x)