ANAC e Japão lançam o Centro de Vigilância de Fauna da Reserva Nacional do Niassa

A Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) fez, no dia 10 de Julho de 2019, a apresentação pública do Centro de Vigilância da Reserva Nacional do Niassa, visando o reforço da capacidade operativa e de monitorização da fauna bravia naquela área de conservação.

A infra-estrutura que ocupa uma área de 111.72 m2, está orçada em 6.7 milhões de meticais desembolsados pelo governo do Japão, no âmbito do Programa de Monitoria do Abate Ilegal de Elefante, implementado no quadro da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES).

Na sua intervenção, o Director- Geral da ANAC, Mateus Mutemba, disse que Moçambique, à semelhança de vários países do mundo tem registado incidências significativas de casos de comércio ilegal de produtos de flora e fauna bravia e casos de caça furtiva de espécies emblemáticas, sobretudo em áreas de conservação localizadas em zonas fronteiriças, tal o caso da Reserva Nacional do Niassa.

Para fazer face à situação, o governo moçambicano tem estado a estabelecer parcerias inteligentes com instituições Intergovernamentais e Organizações Não-Governamentais ligadas à conservação da biodiversidade, para assistência nos assuntos técnicos de gestão faunística. É neste âmbito que, o Japão anunciou durante a Conferência sobre o Combate ao Comércio Ilegal de Produtos de Fauna, realizada em Londres, um fundo para a construção e equipamento desta infra-estrutura de monitoria de fauna.

Mutemba referiu que o desafio para a Reserva Nacional do Niassa é expandir a rede de comunicação via rádio e a rede das infra-estruturas da Sede, onde está prevista a construção de nova sala de operações, postos de fiscalização, escritórios e dormitórios para fiscais, por isso está em curso um trabalho de mobilização de mais recursos financeiros.

Por seu turno o Embaixador do Japão acreditado em Moçambique, Toshio Ikeda, disse que o seu governo está disposto a trabalhar, no sentido de fortalecer a cooperação com a comunidade internacional e com Moçambique em particular, com vista a estancar a caça ilegal da vida selvagem.